quarta-feira, 3 de julho de 2013

David fuzatto


17 comentários:

  1. CURSO BÁSICO DE PARAPENTE ( Apostila
    produzida por David fuzatto)


    INÍCIO

    O curso básico é realizado em três etapas.
    1- Apresentação ao equipamento
    É o momento onde se conhece o parapente, aprende como ele
    funciona, aprende a abrir e fechar o equipamento e o devidos cuidados.
    Inicia as primeiras inflagens, abertura de vela e adaptação.

    2- Desenvolvimento do controle de vela.

    Neste ponto, o aluno aprende a se conectar na selete e a fazer o
    controle de vela em solo.
    Faz exercícios de controle e reversão, se deslocando com o parapente
    aberto, no alto e depois invertendo novamente e colocando a vela no
    chão. Exercícios fundamentais para se poer decolar e pousar.

    3- Primeiros planeios.

    Nesta fase, o aluno passa a piloto- aluno, pois aprende a realizar
    o primeiros voos, descendo de pontos elevados, começando de morrinhos
    baixos e à medida que vai se desenvolvendo, vai gradativamente subindo
    para morros mais elevados.
    Neste ponto, o piloto -aluno aprende a fazer as primeiras curvas e
    desenvolve-se a as aproximações e pousos.

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  2. 4- Formatura.

    É quando já dominando bem o voo em todos os sentidos, aprende a
    fazer voos em lift, permanecendo voando na encosta controlando o
    parapente na corrente de vento que sobe pela deflexão do ar sobre a
    montanha.

    Avaliado os seus conhecimentos práticos e teóricos, é liberado ara
    voar sozinho, tornando-e então, PILOTO.

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  3. O EQUIPAMENTO

    O nosso equipamento para voo livre, chamado de parapente, é
    na verdade uma aeronave. Trata-se de uma asa, com características
    próprias, onde o piloto vai sentado em uma cadeira chamada de SELETE
    e que fica pendurada nas extremidades de várias cordas.
    A posição em que esta cadeira está em relação à asa, forma um
    sistema de pêndulo, o que
    faz com que o parapente seja uma aeronave diferente de todas as outras.
    Seus comandos são efetuados através de deformação na geometria
    desta asa, fazendo com que o aerofólio sofra mais ou menos
    sustentação, conforme o comando dado pelo piloto.

    Antes de entender o comportamento desta asa , precisamos
    conhecer os conceitos aerodinâmicos que propiciam o voo .

    PERFIL AERODINÂMICO


    Uma asa precisa de um perfil aerodinâmico. É este perfil que
    mantém a asa voando quando o fluxo de ar passa por ela.

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  4. Quando o ar ( Vento) passa pela asa do parapente ( Vela) este ar
    entra pelas aberturas ( células) que se localizam na parte da frente
    da asa ( Bordo de ataque) e enchem estas células dando forma ao PERFIL
    da asa.

    Este perfil ( Forma adquirida pelas células cheias de ar) faz com que
    o ar circule em torno desta asa, entrando pelo bordo de ataque( Parte
    da frente da asa) e saindo pela parte de trás desta asa ( Bordo de
    fuga)

    Como uma asa do parapente, possui um desenho onde a parte de baixo (
    Intradorso) é reta e a parte de cima ( Extradorso) é curva, o ar ao
    passar por esta asa, passa por baixo sem fazer curva e a parte de ar
    que passa por cima, acompanha esta curvatura do perfil, saindo para o
    bordo de fuga e encontrando o ar que passou por baixo da asa.

    Ao passar pela parte de cima( Extradorso) o ar acelera e cria uma zona
    de baixa pressão nesta parte da asa.
    O ar que passou por baixo da asa ( Intradorso) mantem a mesma
    velocidade de entrada e continua exercendo pressão positiva neste
    ponto da asa.
    Como a parte de baixo (intradorso) exerce pressão maior do que a
    pressão da parte de cima( Extradorso) gera então uma força de baixo
    para cima nesta asa.
    Esta força recebe o nome de SUTENTAÇÃO

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  5. Esta força de sustentação, é distribuída ao longo de toda a extensão
    da asa (Envergadura)
    e nesta distribuição, ela exerce uma quantidade de força que é medida
    em peso por metro quadrado.
    Isto significa que se uma asa tem capacidade de sustentar ( Por
    exemplo) 3kg por metro quadrado, significa que em toda a extensão da
    asa ( Envergadura) e em toda a sua largura ( Corda) haverá uma soma
    total que é a sua ÁREA ALAR e esta soma da área alar pode suportar a
    soma de 3kg po metro quadrado multiplicado pela área. Isto é a CARGA
    ALAR.

    Então, podemos rever estas informações da seguinte forma:

    PERFIL= Desenho da asa no sentido transversal
    CORDA= Largura da asa
    ENVERGADURA= Comprimento da asa
    CÉLULAS= Interior da asa, que fica cheio de ar em voo
    ÁREA ALAR= Medida em metros quadrados da área da asa
    CARGA ALAR= Quantidade de peso que esta asa é capaz
    de transportar ( com segurança)
    INTRADORSO= Parte de baixo da asa
    EXTRADORSO= Parte de cima da asa
    BORDO DE ATAQUE= Parte da frente da asa ( Que ataca o ar)
    BORDO DE FUGA = Parte de trás da asa ( Que escoa o ar)
    ASA = Vela (No caso do parapente)

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  6. Esta combinação de detalhes em uma asa, permite que ela voe e leve com
    ela o piloto, como carga.

    Quando se decola do alto de uma montanha, desce planando e então,
    sabemos aqui que o parapente é um planador.

    Enquanto plana, algo acontece além da sustentação, pois ao enfrentar o
    vento, a resistência encontrada em adentrar neste vento, gera uma
    força no sentido contrário ao do sentido do voo.

    Esta resistência é chamada de arrasto.
    O arrasto freia o parapente e então, a força da gravidade o puxa
    para baixo em direção ao solo.

    Mas como ocorre um equilíbrio entre estas forças, SUSTENTAÇÃO(
    empurrando para cima) ARRASTO (empurrando para trás) e GRAVIDADE
    (puxando para baixo) então a asa desce em uma trajetória de voo, em
    forma de rampa de descida.

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  7. A esta força chamada de ARRASTO, daremos a designação de D

    Ao planeio daremos a designação de -
    -------------------------------- L

    RFA (resultante das foras aerodinâmicas) equilibra W (peso)

    O deslocamento (no sentido do voo) é igual a tração e
    equilibra a força de arrasto ---D-- na horizontal.
    . Enquanto a força de arrasto (D) for menor que a parte do
    peso que cria a velocidade relativa (VR), esta irá aumentar até que
    haja o equilíbrio;

    . A força de sustentação total é a soma da sustentação da asa . Após a
    decolagem, enquanto esta força não se equilibrar com a força do peso,
    a velocidade vertical (VV), que é a razão de descida, irá aumentar até
    ficar em torno de 1 m/s.

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  8. VAMOS CONHECER AGORA TRÊS ÂNGULOS MUITO IMPORTANTES:

    - O ângulo de atitude - É o ângulo da asa em relação ao
    horizonte. Pode ser positivo ou negativo em relação ao horizonte.
    - O ângulo de planeio - É medido em relação ao horizonte ou solo.

    - O ângulo de ataque _ É o ângulo de incidência do vento relativo
    sobre a corda do perfil (linha que une o bordo de ataque ao bordo de
    fuga).

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  9. Mas antes, vamos assimilar umas informações importantes.

    VENTO RELATIVO

    Imagine você caminhando pela manhã, quando não há nem uma brisa
    soprando ( VENTO ZERO)

    Ao se deslocar nesta caminhada, você irá sentir uma leve brisa
    soprando em seu rosto e, se aumentar a velocidade da caminhada,
    aumentará também a intensidade desta brisa e à medida que vai
    aumentando a velocidade do deslocamento, vai também aumentando a
    intensidade desta brisa.

    Pois então, esta brisa é o VENTO RELATIVO e sua direção será sempre
    contrária ao sentido do deslocamento.

    Na verdade, a camada de ar está parada e é você que se desloca em meio
    a ela e sente a resistência que o corpo encontra ao atravessa-la.
    Ela se torna igual a um vento.
    Assim, fica fácil entender que em qualquer direção que você caminhar,
    sempre este VENTO RELATIVO estará fluindo na direção contrária ao
    sentido do seu deslocamento.

    Agora, se ao invés de você se deslocar nesta camada de ar, fosse esta
    camada de ar que se deslocasse e você permanecesse parado?

    Neste caso, ocorrerá o chamado VENTO REAL.

    O VENTO REAL sopra sempre em uma direção definida e se você mudar a
    direção da trajetória
    do seu deslocamento, este VENTO REAL irá soprar em sentidos diferentes.
    Exemplo:
    Você está parado e o VENTO REAL está soprando de
    frente para o seu rosto.
    Neste caso em linguagem de voo, dizemos que o vento é de PROA.
    Se você se virar para o lado direito ou para o lado esquerdo, sentirá
    que o VENTO REAL soprará pela lateral.
    Neste caso, dizemos que o vento é de TRAVÉS.

    Se você se virar dando as costas para o vento, sentirá o vento
    soprando em suas costas.
    Neste caso, dizemos que o vento é de CAUDA ou VENTO CAUDAL.

    Mas, se você se deslocar em meio ao VENTO REAL, irá perceber que seu
    deslocamento produzirá o VENTO RELATIVO.

    Desta forma, poderá ocorrer algumas situações interessantes.

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  10. Exemplo:

    O VENTO REAL é de 10km hora e você está parado. Então o vento que
    sente é um vento de 10km hora.
    Mas se você se deslocar a 10km hora em direção a este VENTO REAL,
    produzirá um VENTO RELATIVO de 10km hora, que se somará a estes 10km
    hora do VENTO REAL.
    Sendo assim, a soma:
    10kmh VENTO REAL
    mais
    10kmh VENTO RELATIVO
    -----------------------------------
    20Kmh= O vento sentido no rosto.

    Em uma outra situação:

    Você se desloca perpendicularmente em relação ao VENTO REAL e então,
    este vento real não é sentido, mas sim, será sentido o VENTO RELATIVO
    Sendo assim, mesmo que o VENTO REAL seja de 10kmh e você se desloque
    perpendicularmente em relação a este VENTO REAL, a uma velocidade
    também de 10kmh, o vento que será sentido no rosto será o VENTO
    RELATIVO de 10kmh.

    Mas em uma outra situação, ocorrerá o seguinte:

    Se o VENTO REAL é de 10 kmh e você se desloca também a 10kmh, mas na
    direção contrária ao sentido do VENTO REAL,você sentirá n rosto o
    vento ZERO.

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  11. Exemplo:

    VENTO REAL 10kmh
    menos
    VENTO RELATIVO 10kmh
    -------------------------------------------------------
    VENTO ZERO

    Os exemplos foram dados como se você estivesse enfrentando estas
    situações relacionadas aos ventos, mas objetivo é fazer entender o
    que acontece com a asa em voo.

    Podemos definir este aprendizado sobre direção de vento da seguinte forma:

    - ASA parada e VENTO REAL zero, é igual a ZERO deslocamento e zero
    VENTO RELATIVO.
    -ASA se deslocando a 10kmh e VENTO REAL zero, é igual a 10kmh de
    deslocamento e 10kmh de VENTO RELATIVO.

    - ASA se deslocando a 10kmh enfrentando VENTO REAL de 10kmh, o
    vento sentido será de 20kmh

    -ASA se deslocando em sentido perpendicular ao VENTO REAL,
    somente será sentdo o VENTO RELATIVO.

    -ASA se deslocando em sentido contrário ao sentido do VENTO REAL,
    se ambas as velocidas forem de 10kmh, o VENTO RELATIVO será ZERO.

    Desta forma fica fácil entender o que ocorrerá se estes valores forem
    diferentes, pois basta somar os valores em caso de deslocamento em
    direção ao vento real e subtrair os valores em caso de deslocamento em
    sentido contrário ao vento real.

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  12. Como até aqui falamos sobre VENTO REAL e VENTO RELATIVO agora veremos
    algumas situações onde estes ventos exercem influência na trajetória
    do voo.


    Quando não há o vento real, então estaremos com VENTO ZERO e se
    estivermos
    em uma rampa de decolagem, teremos que correr puxando a vela, para que esta se
    infle e adquira rigidez e forma necesária para que a aerodinâmica
    desta asa possibilite
    o voo.

    Quando estamos na rampa de decolagem e em sentido frontal a esta, flui uma
    brisa,(VENT REAL),com pelo menos uns 7kmh, poderems inflar a nossa
    vela sem necessidade de corrida.

    No primeiro caso, com VENTO ZERO, chamamos este tipo de decolagem de
    DECOLAGEM ALPINA.

    No segundo caso, com VENTO REAL ( Brisa frontal à rampa) a chamamos de
    DECOLAGEM INVERTIDA.

    Na DECOLAGEM ALPINA, o voo será uma simples descida montanha
    abaixo.Pois,por
    não haver nenhum tipo de vento subindo a montanha, o parapente irá continuar
    voando em uma trajetória de decida, em um ÂNGULO DE PLANEIO até chegar ao solo.
    podemo mudar a trajetória do voo escolhendo os lugares por nde iremos
    passar e pousar,
    mas tudo isso, limitado ao tempo e espaço diponível a este tipo de voo.


    Na DECOLAGEM INVERTIDA, enfrentando VENTO REAL, o parapente pode
    surfar por cima desta
    corrente de ar que sobe montanha acima, permitindo o voo nO LIFT.

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  13. Como você pode perceber, o vento que sopra frontal, subindo pela
    encosta do morro, leva o parapente para cima. Esta força que empurra o
    parapente para o alto, na montanha, é chamada de LIFT. ( Que é o mesmo
    que SUSTENTAÇÃO)

    Este LIFT, é presente, somente próximo a montanha e, quando se
    distancia da montanha, sai da área de atuação deste LIFT.

    Saindo desta área de atuação do LIFT, o parapente perde esta
    sustentação extra e AFUNDA descendo encosta abaixo até o pouso.

    O que gera esta ÁREA DE LIFT, é o vento, que ao acompanhar o relevo
    da montanha, produz uma corrente ASCENDENTE.

    Esta CORRENTE ASCENDENTE é também chamada de ASCENDENTE OROGRÁFICA.

    O ar, como é um fluído, estando em deslocamento (VENTO) ao encontrar
    um obstáculo, acompanha o relevo deste obstáculo.

    Em uma montanha, o vento ao entrar pela frente desta montanha, sobe,
    contorna a montanha e desce pelas costas da montanha.

    Enquanto sobe, produz CORRENTE ASCENDENTE.
    Enquanto contorna a CRISTA da montanha, acelera e esfria.
    Enquanto desce, produz CORRENTE DESCENDENTE.

    O lado da frente da montanha, de onde vem vento, é chamado de BARLAVENTO.
    O lado de trás da montanha, por onde vai embora o vento, é chamado de
    SOTAVENTO.

    Se um parapente, decolar para BARLAVENTO( Lado de onde vem o vento) (
    VENTO FRONTAL) ele encontrará a CORRENTE ASCENDENTE, entrará na ÁREA
    DE LIFT e subirá. Podendo permanecer indo de um lado para outro,
    dentro desta ÁREA DE LIFT .
    Este tipo de voo, é o chamado VOO DE ENCOSTA.

    Se um parapente, decolar para SOTAVENTO, receberá o vento pelas
    costas,(VENTO CAUDAL) e estará em uma CORRENTE DESCENDENTE, afundando
    em direção ao solo.

    Se um parapente, estiver voando em uma ÁREA DE LIFT, surfando sobre a
    corrente ascendente d vento que vem( BARLAVENTO) e, se o piloto se
    descuidar ao fazer as curvas sobre a montanha, poderá entrar na parte
    DESCENTENTE a SOTAVENTO e afundar rapidamente em direção ao solo,
    podendo sofrer alguns danos se não conseguir realizar bem o pouso.

    Um outro ponto a ser observado, é o fato de que o vento ao contornar a
    montanha, também escoará para as laterais desta montanha.
    Estes pontos laterais de uma montanha, representam lugares bastante
    perigosos, pois o vento empurra o parapente para as costas da montanha
    e nestes locais, são locais de muita turbulência.
    Por este motivo, as melhores montanhas para VOO DE ENCOSTA, são as
    montanhas mais compridas e nunca as montanhas mais arredondadas.

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  14. Nas montanhas mais compridas, com uma extensão de pelo menos uns
    duzentos ( 200) metros, o vento ao subir pela montanha e contorna-la
    na crista, cria uma grande onda ao longo de toda a extensão desta
    montanha e então o piloto pode decolar, fazer uma curva para um dos
    lados e seguir vando beirando a encosta do morro, ou, se ganhar altura
    ( GANHAR A RAMPA) seguir por cima desta montanha e ao chegar no final,
    fazer uma curva, PARA FORA do morro e voltar voando, continuando seu
    voo, indo e vindo por muito tempo. É possível ficar voando na encosta
    por muitas horas seguidas.
    Haverá lugares nesta encosta, em que o vento subirá mais na vertical,
    acelerando mais a fazer o contorno e, o piloto perceberá que ao var
    sobre estes locais na encosta, o parapente subirá mais.
    A estes locais na encosta, damos nome de ELEVADOR.

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  15. Este tipo de voo, o chamado voo de encosta, é também conhecido como
    VOO DINÂMICO.
    Como você pode ver pela ilustração, o parapente (A) é um parapente em
    que o piloto usou o elevador e subiu muito e resolveu dar um passeio
    pelos ares, saindo de perto da montanha e voando em locais ainda alto,
    mas fora do efeito orográfico( Efeito do vento contornando a
    montanha).
    Depois de voar um pouco nos arredores da montanha, ao perceber que
    está perdendo altura, ele volta e entra pela frente da montanha e
    entra novamente no LIFT,( Parapente B) podendo inclusive, ir
    novamente ao ELEVADOR ( Parapente C) e subir novamente e repetir
    este tipo de voo.

    Por isso é chamado de voo dinâmico, pois pela ação da força do vento (
    LIFT) ele pode ficar voando o tempo que quiser, enquanto houver o
    vento.

    Se o vento diminuir a intensidade, ou, o piloto sair da área de LIFT,
    o parapente irá afundar e descerá a montanha em direção ao vale. (
    Parapente D)

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  16. Os melhores lugares para se praticar o voo de encosta, são lugares
    altos e em obstáculos à frente.

    Nas praias, à beira mar e em montanhas bastante altas, o vento chega
    liso, de forma laminar e em turbulências, permitindo um voo tranquilo
    e muito seguro.

    Nas montanhas baixas, o vento chega com turbulências gerada pelos
    efeitos orográficos quando passou por outras montanhas à frente da
    rampa.

    O vento, ao passar por sobre esta montanhas, sofre deflexão e deixa de
    ser laminar, passando a ser uma corrente de vento ondulada.

    Estas ondulações, chegam a alturas em torno de uns 1000 (Mil) metros
    acima das montanhas.
    A força destas ondas de vento, é maior cá embaixo, próximo às cristas
    das montanhas e mais fracas à medida que se sobe voando.
    Acima dos 1000 (Mil) metros, o efeito orográfico já não existe.

    Estes efeitos orográficos, próximos ao solo, provocam correntes de
    ventos que são muito perigosas para quem está voando em determinados
    pontos entre as montanhas.

    Um exemplo, é um efeito que é produzido nestas correntes de vento,
    quando estas passam por um obstáculo, tal como uma pedra grande, uma
    mata, um morro isolado ou, ainda, um vale.

    PEDRA GRANDE- O vento ao passar por uma pedra grande, contorna esta
    pedra e ao sair pela parte de trás desta pedra, sai girando e este
    redemoinho deitado, chamado de ROTOR, se passar por uma asa em voo,
    pode até derruba-la.

    MATA- Nestes locais, o vento costuma se fragmentar e também criará
    problemas para a sustentação da asa em voo.

    MORRO ISOLADO- Estes sim, são verdadeiros geradores de bicho-papão
    ( ROTORES GIGANTES) que engolem o voador e sua asa.

    VALES- Quando o vento passa por cima de um vale, no sentido
    transversal, a camadas de vento mais baixas, entram vale adentro,
    seguindo pelo canal do vale e escapando em algum ponto deste vale.
    Quando decolar de uma rama bem alta, é preciso estudar antes a direção
    do vento no vale, pois poderá encontrar corrente fortes que empurrarão
    a aeronave para cima de arvores, barrancos, ou qualquer outra coisa
    que causará sérios danos no momento do pouso.
    Estas correntes de ventos que fluem dentro dos vales, são chamadas de
    VENTURI DE VALE.

    Como você viu, uma asa em voo está sujeita a inúmeras forças que
    promovem um voo tranquilo e seguro, mas que também escondem
    verdadeiras armadilhas para quem não conhece bem o meio onde vai voar
    e o comportamento do vento e seus efeitos.

    Na encosta, decolando a barlavento, com vento na casa dos 15 a 20 km
    hora, permanecendo na área de lift, poderá ficar vando por horas
    seguidas, sempre se protegendo no sentido de nunca fazer a curva para
    dentro do morro e sim para fora, pois o vento empurra o parapente para
    cima da encosta e se não se cuidar em sempre estar se afastando da
    encosta, poderá se chocar com a montanha.

    Ao sair da área de lift e percebendo que não poderá retornar para o
    lift, deve-se deixar voar em direção a vale e escolher antecipadamente
    o local em que irá efetuar o pouso.

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  17. Agora iremos aprender mais um pouco sobre o voo nas encostas.

    Conforme foi dito obre o comportamento do vento e etc.., mas
    precisamos adicionar mais umas informações muito interessantes.

    Tudo o que foi dito até agora em termos de vento e de voo no lift na
    montanha, foi falado apenas em uma situação em que o vento é laminar,
    liso.

    Este VENTO LAMINAR, VENTO LISO, sempre está acompanhado de um outro
    elemento que muda as características do voo.

    Falaremos agora das TÉRMICAS.

    TÉRMICAS ou correntes ascendentes, são grandes massas de ar quente,
    que se desprendem do solo e sobem.

    Durante o dia, enquanto o sol aquece a superfície da terra, as
    moléculas de ar que estão mais próximas ao solo vão recebendo este
    calor do solo e vão transferindo este calor para as moléculas que
    estão mais próximas a elas.
    desta forma, um grande colchão de ar quente se forma bem rente ao solo
    e em determinados lugares, este ar quente vai subindo, criando
    correntes ascendentes fracas.
    Em outros lugares, este colchão de ar quente, se desprende em algum
    determinado ponto e toda a massa de ar quente que formava aquele
    imenso colchão, vai fluindo por este escape, gerando correntes
    ascendentes fortes e, às vezes, fortíssimas.

    Nos lugares onde as ASCENDENTES TERMAIS ão mais fraquinhas e
    espalhadas, são chamadas de CORRENTES CONVECTIVAS.
    A convecção é um dos principais modos de transferência de calor e
    transferência de massa.

    Por se tornar menos densa que as moléculas de ar mais frias que estão
    acima, estas moléculas de ar aquecido, sobem como se fosse balões.

    Quando sobrevoamos estas áreas onde há corrente convectiva, sentimos
    que o voo muda seu ÂNGULO DE PLANEIO percorrendo estes espaços com
    mais sustentação, afundando menos e, em certos casos, até subindo um
    pouco.

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